Testosterone Enanthate

O Enantato de Testosterona é uma variante esterificada do andrógeno e esteroide anabolizante natural, testosterona. É um pró-fármaco de ação prolongada da testosterona, o que significa que é decomposto pelo corpo ao longo do tempo para liberar testosterona ativa. É administrado principalmente por injeção intramuscular (IM) ou subcutânea (SC).

Aqui está uma análise detalhada das informações solicitadas:

Enantato de Testosterona (TE) Explicado

• Explicação Detalhada: O Enantato de Testosterona é testosterona com um grupo éster enantato (heptanoato) ligado na posição C17$\beta$. Esta esterificação torna o composto mais lipossolúvel e menos polar, permitindo que seja dissolvido em óleo e injetado no tecido muscular ou sob a pele. Uma vez injetado, o óleo atua como um depósito, liberando lentamente o éster de testosterona na corrente sanguínea. As enzimas esterases então clivam a ligação éster, liberando testosterona livre e biodisponível. Este mecanismo fornece um perfil de liberação sustentada, resultando em níveis sanguíneos mais estáveis em comparação com a testosterona não esterificada, mas ainda com flutuações (picos e vales).

• Outros Nomes:

  • Nome Genérico: Heptanoato de testosterona

  • Nomes de Marca (Exemplos): Delatestryl, Xyosted, Andro LA, Everone, Testate, Androtardyl, Testinon, Testo-Enant.

Relação Anabólica e Androgênica

O Enantato de Testosterona é um pró-fármaco da testosterona. Portanto, suas propriedades anabólicas e androgênicas intrínsecas são as da testosterona.

• Relação Anabólica:Androgênica (RAA): 1:1

Benefícios e Efeitos Colaterais (Prós e Contras)

O Enantato de Testosterona é usado principalmente para Terapia de Reposição de Andrógenos (TRA) em homens com condições associadas a uma deficiência ou ausência de testosterona endógena (hipogonadismo).

Dosagem e Frequência (Uso Terapêutico)

A dosagem é altamente individualizada e deve ser determinada por um profissional de saúde com base em exames de sangue, resposta e a condição específica a ser tratada (por exemplo, hipogonadismo primário, puberdade tardia ou terapia de afirmação de gênero).

• Dosagem e Frequência Terapêutica Típica (injeção IM): Geralmente varia de 50 mg a 400 mg administrados a cada 1 a 4 semanas. Um regime de manutenção comum para reposição completa de andrógenos é de 50 mg a 100 mg por via intramuscular a cada 7 a 10 dias para manter níveis relativamente estáveis.

Farmacocinética

• Meia-Vida de Eliminação: Aproximadamente 4,5 a 9 dias (quando administrado como uma injeção IM de depósito).

• Tempo de Detecção (Quantos dias/semanas): O tempo de detecção para uso para melhorar o desempenho pode variar amplamente com base na dose, metabolismo individual, frequência de injeção e o método específico de teste de drogas usado. Estudos da WADA (Agência Mundial Antidoping) indicam que os ésteres de testosterona podem ser detectados por vários dias a semanas. Para o Enantato de Testosterona, o tempo de detecção é geralmente maior do que o éster Propionato, mas menor do que o éster Undecanoato. Como uma estimativa geral, os metabólitos podem ser detectáveis por várias semanas (frequentemente citado como até 3-5 semanas) ou mais, mas isso é altamente variável.

Efeitos Esterogênicos, Progestrônicos e de Prolactina

• Efeitos Esterogênicos: Alto. A testosterona é um substrato para a enzima aromatase, que a converte no estrogênio potente, estradiol (E2​). Isso leva a um alto grau de atividade estrogênica e é responsável por efeitos colaterais como retenção de água e ginecomastia.

• Efeitos Progestrônicos: Nenhum. A testosterona e seus ésteres não se ligam significativamente ao Receptor de Progesterona (RP) e não são considerados progestágenos.

• Efeitos de Prolactina: Indireto/Possível. Embora o Enantato de Testosterona em si não seja um agonista da prolactina, níveis elevados de estrogênio (que resultam da aromatização da testosterona) podem estimular indiretamente a liberação de prolactina. Alguns estudos mostraram que a administração prolongada de altas doses de enantato de testosterona pode aumentar significativamente os níveis de prolactina em alguns modelos animais, embora o significado clínico seja debatido e geralmente associado a doses muito altas e não terapêuticas.